Após um acordo entre os Poderes sobre as regras para execução das emendas ao Orçamento, as comissões da Câmara e do Senado terão que votar as indicações de repasses de recursos feitas pelos líderes partidários. Esse processo ocorrerá após a votação do Orçamento de 2025, prevista para começar no dia 11 de março. A votação depende ainda da eleição dos presidentes das comissões, o que pode ser afetado por mudanças nas regras partidárias, como destaca o deputado Claudio Cajado (PP-BA), que menciona possíveis ajustes no regimento para garantir que as decisões das comissões estejam alinhadas com os princípios dos partidos.
Assim que o Orçamento for aprovado, os líderes de partidos deverão reunir suas bancadas para propor as indicações para as comissões. Com base na lei complementar que regulamenta as emendas, essas comissões terão 15 dias para votar as indicações, registrando as decisões em ata. As propostas serão direcionadas a programas votados no ano anterior, com 50% do valor destinado à área de Saúde. Além disso, as emendas de transferência direta para os municípios, conhecidas como “emendas pix”, ainda geram debate, especialmente no que diz respeito à sua transparência e fiscalização.
Claudio Cajado também comentou o valor total das emendas parlamentares, que gira em torno de R$ 50 bilhões. Para ele, esse montante não é elevado e os parlamentares têm o direito de fazer as indicações. Em relação à execução orçamentária, ele defende uma gestão compartilhada, em que a participação de ministros ou secretários não eleitos democraticamente seja limitada, garantindo que aqueles escolhidos pelo voto popular tenham voz ativa nas decisões sobre os recursos. A questão ainda está sendo analisada pelo Supremo Tribunal Federal, que deve avaliar o mérito das ações sobre o tema.