Vilson da Silva Souza, técnico em enfermagem de 27 anos, morreu em novembro de 2024 após ser atingido por uma flechada durante uma confusão na Terra Indígena Yanomami, em Roraima. A morte aconteceu em um contexto de conflito envolvendo o uso de um carregador de celular na comunidade Maraxiú, onde ele prestava serviços de saúde. O suspeito do crime era um indígena agente de saúde, que foi demitido pela empresa após o incidente.
A família de Vilson firmou um acordo com a Missão Evangélica Caiuá, empresa terceirizada que atuava na Terra Yanomami, e garantiu uma indenização no valor de R$ 750 mil. O acordo foi intermediado pelo Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc), órgão do Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região, e incluiu a compensação para a esposa, mãe, irmãos e sobrinhos da vítima. O juiz Gleydson Ney Silva da Rocha destacou o espírito pacificador das partes envolvidas no processo.
Além de técnico em enfermagem, Vilson era indígena do povo Macuxi e atuava na região Yanomami há aproximadamente um ano. O caso teve um grande impacto nas comunidades indígenas e nos profissionais de saúde em Roraima, gerando uma reflexão sobre os desafios enfrentados por esses trabalhadores nas áreas remotas do estado.