Parlamentares do governo tomaram uma medida drástica ao apresentar uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. A ação, liderada pelo deputado Rogério Correa, do Partido dos Trabalhadores (PT), solicitava que o ministro Alexandre de Moraes impusesse restrições ao ex-presidente, incluindo a proibição de deixar a capital federal sem autorização do STF, a restrição de aproximação a embaixadas e o uso de tornozeleira eletrônica. A medida foi justificada como uma ação preventiva, visando evitar uma possível fuga de Bolsonaro.
O deputado Rogério Correa baseou seu pedido na preocupação de que o ex-presidente pudesse tentar fugir do país, sugerindo que o filho de Bolsonaro, Eduardo, atualmente nos Estados Unidos, poderia estar facilitando essa fuga. Correa também fez críticas às declarações de Eduardo Bolsonaro, considerando-as como antipatrióticas e desrespeitosas em relação ao Supremo Tribunal Federal, além de destacar receios sobre a possibilidade de Eduardo perder seu passaporte, o que indicaria intenções suspeitas.
A solicitação foi analisada pelo Procurador Geral da República, que se manifestou favoravelmente ao arquivamento do pedido, decisão que foi acatada pelo ministro Alexandre de Moraes. A ação gerou discussões sobre a segurança jurídica e as motivações por trás das tentativas de restringir a liberdade de movimentos do ex-presidente, refletindo a polarização política atual no Brasil.