A Acadêmicos do Tatuapé, terceira colocada no carnaval de São Paulo em 2024, apresentou um enredo sobre a justiça inspirado na frase de Martin Luther King: “A injustiça num lugar qualquer é uma ameaça à justiça em todo lugar”. O desfile trouxe reflexões sobre violência, desigualdade e esperança, com destaques como a comissão de frente, que simbolizou o caos, e carros alegóricos impactantes, incluindo um que representava uma criança morta nos braços da Justiça, abordando a violência cotidiana no Brasil.
A escola também trouxe à avenida uma forte crítica social com o uso de elementos simbólicos, como um boneco enforcado no carro abre-alas, representando um dos métodos de execução mais antigos da história. A rainha de bateria, Muriel Quixaba, brilhou com uma fantasia futurista, com óculos que se moviam para cima e para baixo, simbolizando a cegueira da justiça em certos momentos, e com um visual que impressionou pela tecnologia e simbolismo. Sua fantasia, que custou cerca de R$ 30 mil, também chamou atenção pelo uso de cristais e dispositivos eletrônicos.
O samba-enredo “Justiça – A Injustiça Num Lugar Qualquer É Uma Ameaça À Justiça Em Todo Lugar” trouxe uma mensagem poderosa sobre igualdade, resistência e respeito, exaltando as lutas de figuras como Luther King e Mandela. A Acadêmicos do Tatuapé utilizou sua apresentação para levantar questões sobre intolerância, violência e os direitos das minorias, reafirmando sua posição como uma voz ativa e representativa das comunidades marginalizadas, buscando inspirar um movimento de transformação social através da arte do samba.