A solidão tem se tornado um problema crescente na sociedade moderna, afetando tanto adolescentes quanto adultos. A psicóloga Dorli Kamkhag, da Universidade de São Paulo, destaca que um dos primeiros sinais de solidão problemática é o isolamento social. A percepção precoce desse comportamento pode ser crucial para a intervenção e melhoria na qualidade de vida da pessoa afetada. Além disso, Kamkhag alerta que, nos adolescentes, os sinais podem ser mais sutis, muitas vezes confundidos com comportamentos típicos da adolescência, como passar mais tempo no quarto ou com amigos.
Para os jovens, os sinais de alerta incluem faltas escolares, não realizar provas, uso excessivo da internet e mudanças nos hábitos alimentares, que podem indicar um quadro de solidão crescente. Kamkhag enfatiza a importância da presença dos pais nesse processo. Mesmo com a busca por liberdade, os adolescentes precisam de pais atentos, capazes de estabelecer limites e acompanhar seus comportamentos. A psicóloga também ressalta que os pais devem olhar mais atentamente para suas relações com os filhos e dedicar tempo para interações significativas.
Especialistas sugerem algumas estratégias para combater a solidão, como a realização de refeições diárias em família, conversas sobre o dia a dia e incentivar a conexão entre o conhecimento e sua aplicação prática. Além disso, mudar a perspectiva do estudo e valorizar o prazer no aprendizado, mais do que as notas, pode ser uma forma de promover laços familiares e reduzir o impacto da solidão, criando um ambiente de maior proximidade e suporte.