A creator economy, que promove a ideia de transformar talentos em negócios e rotinas em conteúdos, movimenta bilhões de dólares globalmente. No Brasil, cerca de 10 milhões de pessoas se dedicam à criação de conteúdo para as redes sociais, representando 1 em cada 20 brasileiros. Contudo, apesar do número expressivo de criadores, menos de 4% vivem exclusivamente dessa atividade, e a maioria luta para competir por visibilidade em um mercado saturado. O impacto econômico global é significativo, mas grande parte da riqueza gerada fica com as plataformas que intermediariam esse processo, e não com os criadores.
Apesar da promessa de liberdade, muitos criadores acabam presos ao algoritmo das plataformas, que determina o alcance e a relevância do conteúdo. A pressão para criar de forma constante, associada à imprevisibilidade dos algoritmos, leva muitos a experienciar o burnout. O modelo de trabalho na creator economy é caracterizado pela falta de garantias, proteção e contratos formais, o que torna o trabalho instável e dependente da performance em cada publicação. A criatividade, muitas vezes, é moldada pela busca pela viralização, o que pode limitar a liberdade criativa dos criadores.
Além disso, para ser bem-sucedido, o criador precisa se transformar em uma marca, domin