A presidência deixou de ser apenas uma plataforma de comunicação para se tornar uma ferramenta estratégica no fortalecimento do poder político, com foco na manipulação da atenção pública. Em vez de depender unicamente de recursos financeiros, a estratégia do atual governo se baseia em dominar a narrativa, criando um ciclo contínuo de campanhas que mantêm o governo sempre em evidência. A presença constante nos meios de comunicação, seja por meio de declarações, posts em redes sociais ou até mesmo desinformação, serve como uma maneira de consolidar poder e influência.
A utilização de plataformas de redes sociais, mesmo após restrições impostas devido a eventos significativos, reflete como a comunicação se transformou em um pilar essencial da política atual. Contratações dentro do governo também priorizam a capacidade de gerar visibilidade midiática, além de ideologia, demonstrando o quão fundamental a imagem pública se tornou no processo político. Isso se reflete em discursos e ações que não hesitam em utilizar informações distorcidas ou exageradas, uma tática que se espalha rapidamente pelas redes sociais.
O impacto disso se estende além das fronteiras internas, com ações e discursos que visam criar reações midiáticas, em vez de focar exclusivamente na diplomacia tradicional ou na construção de soluções políticas. As decisões, às vezes, são mais voltadas para o impacto visual e emocional que geram, enquanto o conteúdo factual fica em segundo plano. Em suma, a presidência contemporânea se tornou uma ferramenta de comunicação e manipulação, com o objetivo de garantir visibilidade e influência política.