O horário de verão, que entrará em vigor em 9 de março nos Estados Unidos, continua sendo um tema controverso. Enquanto algumas regiões do país, como Havai e Puerto Rico, não adotam essa prática, o restante do território verá seus relógios adiantar uma hora. A mudança ocorre no horário inconveniente das 2 da manhã, o que causa desajustes no ritmo biológico das pessoas e pode levar a problemas como aumento de acidentes de trânsito, infartos e distúrbios no sono. Diversos estudos, como os da American Academy of Sleep Medicine, apontam os efeitos negativos dessa prática no corpo e na mente humana, incluindo aumento de transtornos como depressão e ansiedade.
Embora o horário de verão tenha sido inicialmente instituído com o objetivo de economizar energia durante a Primeira Guerra Mundial, a relevância dessa medida é questionada hoje em dia. Pesquisas indicam que os benefícios em termos de economia de energia são mínimos, com uma redução de apenas 0,5% no consumo diário de energia. Além disso, os problemas causados pelo ajuste do relógio, como o impacto na saúde e no bem-estar das pessoas, têm levado a uma crescente pressão para eliminar essa prática. A American Medical Association também apoia o fim do horário de verão, citando os riscos associados à desregulação do relógio biológico.
A mudança de horário, que foi originalmente implementada para coordenar os horários de transporte ferroviário, também perdeu sua justificativa nos tempos modernos. Com o avanço da tecnologia, muitos dispositivos agora ajustam automaticamente os relógios, mas o impacto no corpo humano continua a ser um desafio. Especialistas sugerem que é hora de reconsiderar essa prática, que já dura mais de um século, e adotar um modelo de tempo mais estável e saudável, com o fim do horário de verão e a permanência no horário padrão durante todo o ano.