A Europa enfrenta um novo cenário geopolítico, no qual a presença dos Estados Unidos na Otan, que garantiu a segurança do continente por quase 80 anos, já não é mais uma certeza. O presidente dos EUA, Donald Trump, tem demonstrado publicamente sua animosidade com a liderança ucraniana e se aproximado de Vladimir Putin, o que levanta dúvidas sobre o comprometimento dos EUA com seus aliados da Otan. Apesar das incertezas, analistas indicam que a aliança, sem a participação ativa dos EUA, ainda teria capacidade para se defender, contando com recursos militares e tecnológicos de seus membros europeus.
A Europa já possui um exército considerável, com forças militares expressivas na Turquia, França, Alemanha, Polônia e outros países da Otan. Além disso, países como o Reino Unido e a França mantêm capacidades militares avançadas, como forças nucleares e porta-aviões modernos. A análise sugere que, se os EUA se retirarem, a Europa poderia aumentar suas capacidades militares e de defesa de forma independente, mas isso dependeria de um maior comprometimento das nações europeias com sua própria segurança.
Apesar das divergências, como as declarações de Trump que poderiam sugerir uma retirada das tropas americanas, especialistas acreditam que a Otan poderia continuar sua atuação mesmo sem a presença dos EUA. A infraestrutura militar americana na Europa permaneceria disponível, e as bases dos EUA poderiam ser utilizadas por outros aliados se necessário. Embora algumas dessas declarações sejam vistas como uma estratégia de pressão sobre os aliados, a questão de uma possível saída dos EUA da aliança continua sendo um tema de debate e análise dentro da política internacional.