O livro “A alma Anapolina em páginas antigas” apresenta a história de Anápolis desde suas origens no século XIX até sua consolidação como cidade. A obra destaca os primeiros registros da região, feitos por naturalistas e viajantes, como Auguste de Saint-Hilaire, que descreveu a Fazenda das Antas em 1819. A fundação de Anápolis foi oficializada em 1870, com o apoio de fazendeiros locais que doaram terras para a criação do Patrimônio de Nossa Senhora de Santana. A devoção religiosa teve papel central na coesão do povoado, que cresceu gradualmente, passando por várias mudanças de nome antes de ser oficialmente reconhecido como a cidade de Anápolis em 1907.
Ao longo do século XX, a cidade experimentou um crescimento econômico impulsionado pela agricultura, comércio e pela instalação da Base Aérea. O desenvolvimento da infraestrutura também foi um marco importante, com a introdução de serviços como eletricidade, transporte rodoviário e postal. No entanto, a cidade enfrentou desafios, incluindo períodos de autoritarismo e censura política, como a suspensão das eleições entre 1973 e 1985, quando a Base Aérea teve um papel determinante na vida política local. A obra também explora o crescimento da cidade no campo cultural, destacando a literatura, o jornalismo e as manifestações artísticas de Anápolis.
O livro ainda se aprofunda nos aspectos sociais e assistenciais de Anápolis, como a criação de hospitais e instituições de apoio aos mais necessitados. Ao reunir reportagens históricas e documentos primários, a obra resgata a memória coletiva da cidade, permitindo uma reflexão sobre os desafios enfrentados e as vitórias alcançadas ao longo dos anos. Anápolis emerge como um símbolo de tradição, luta e desenvolvimento, consolidando-se como uma das cidades mais importantes de Goiás.