O romance “The Way of All Flesh”, de Samuel Butler, aborda questões fundamentais sobre a vida, a morte e a busca por um propósito durante a passagem do tempo. A partir de um subtítulo implícito inspirado no livro de Reis, o autor propõe uma reflexão profunda sobre o que significa viver e o que fazer enquanto se caminha pela vida. O foco da obra de Butler está na resignação do protagonista diante das forças que o moldam, um tema que reverbera fortemente nas reflexões sobre a existência humana.
Em “Flesh”, de David Szalay, o autor revisita essa questão central da vida humana, explorando a estranheza de estar vivo e o que implica a experiência de passar pelo tempo em um corpo físico. A narrativa de Szalay apresenta uma análise existencial sobre a transitoriedade da vida, com um olhar crítico sobre a maneira como as pessoas enfrentam a inevitabilidade da morte. O livro busca refletir sobre as pequenas escolhas que formam a trajetória de um indivíduo, sem cair na armadilha do fatalismo.
Szalay, assim como Butler, se dedica a examinar o grande mistério da existência, abordando com ousadia as questões ontológicas que permeiam a vida. “Flesh” se torna um convite para refletir sobre a passagem do tempo, a materialidade da experiência humana e as decisões que, por mais efêmeras que sejam, ajudam a construir o significado da vida enquanto ela se desenrola. A obra busca ressoar com os leitores, levando-os a confrontar a inevitabilidade da morte e a complexidade da vivência humana.