Cinco anos após o início da pandemia de Covid-19, o impacto na economia continua a ser um tema central. A crise acelerou a digitalização de diversos setores, com destaque para a educação, que viu suas instituições de ensino superior migrarem abruptamente para o Ensino a Distância (EaD). Embora o EaD tenha crescido, o setor registrou prejuízos significativos, com empresas como Cogna e Yduqs enfrentando quedas acentuadas no valor de mercado. Além disso, a pandemia forçou muitas escolas e universidades a se adaptarem rapidamente às novas tecnologias, o que exigiu altos investimentos em infraestrutura digital.
O setor de turismo também foi severamente afetado, com quedas drásticas no faturamento e o fechamento de empresas como a 123 milhas, que enfrentaram dificuldades para arcar com custos elevados após o aumento dos preços de passagens e hospedagens. Já a aviação viu uma queda expressiva no número de passageiros e no transporte de cargas, levando algumas companhias, como a Latam e a Gol, a recorrerem à recuperação judicial para sobreviver à crise. A indústria de restaurantes também sofreu, com a migração para o consumo online e o fechamento de milhares de estabelecimentos, resultando em grandes perdas de empregos no Brasil.
Por outro lado, setores como o de streaming, logística e computação em nuvem se destacaram como vencedores da crise. Com o aumento do tempo em casa, plataformas como Netflix e Spotify viram suas assinaturas dispararem, enquanto o e-commerce impulsionou a demanda por serviços de logística. A computação em nuvem experimentou um crescimento notável, com gigantes como Amazon, Microsoft e Google registrando aumentos significativos em suas receitas. Esses setores se beneficiaram diretamente dos novos hábitos de consumo e das mudanças rápidas causadas pela pandemia, sinalizando uma aceleração na adoção de novas tecnologias.