O Brasil comemora neste sábado (15) os 40 anos de redemocratização, desde o fim da ditadura militar (1964-1985). A década de 1970 já mostrava sinais de desgaste do regime autoritário, culminando com o processo de abertura política iniciado por Ernesto Geisel e continuado por João Batista Figueiredo. Em 1985, José Sarney assumiu a presidência como o primeiro civil após mais de 20 anos de regime militar, marcando o fim de uma era de autoritarismo no país. O evento, no entanto, foi marcado por incertezas, pois o presidente eleito, Tancredo Neves, não pôde tomar posse devido a problemas de saúde e faleceu em abril daquele ano.
A transição política para a democracia não foi simples. Em 1985, Sarney enviou ao Congresso a proposta de convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte, que tinha o objetivo de elaborar uma nova Constituição para o Brasil. Esse processo culminou com a promulgação da Constituição Federal em 5 de outubro de 1988, um marco importante na consolidação da democracia e no fim dos resquícios autoritários. A nova Carta Magna refletiu a tentativa de afastar as práticas do regime anterior e estabelecer uma base sólida para a governança democrática no país.
O período que se seguiu ao fim da ditadura militar foi repleto de desafios políticos e sociais, mas também trouxe estabilidade e avanços importantes para o Brasil. A nova Constituição garantiu direitos fundamentais e estabeleceu as bases para o fortalecimento das instituições democráticas. O Brasil, ao longo dessas quatro décadas, tem buscado consolidar a democracia, apesar das dificuldades que surgiram ao longo do caminho.