Em 15 de março de 2025, o Brasil comemora 40 anos de democracia, desde a posse de José Sarney na Presidência, o primeiro civil após 21 anos de regime militar. Durante esse período, o país observou avanços em alguns indicadores sociais, como a queda da desigualdade de renda e o aumento da expectativa de vida. O coeficiente de Gini, que mede a concentração de riqueza, reduziu significativamente desde 1981, passando de 57,9 para 52 em 2022. A expectativa de vida, por sua vez, alcançou o maior valor da história, 76,4 anos, com avanços significativos desde a década de 1990.
No entanto, a economia brasileira teve um crescimento limitado, com um desempenho abaixo do esperado, especialmente considerando o alto índice de carga tributária do país. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil também mostrou progressos, subindo de 0,620 em 1990 para 0,760 em 2022, superando a média global, mas ainda distante de países como a China e a Rússia, que apresentam melhores resultados com menor carga tributária. A eficiência do gasto público no Brasil tem sido uma questão levantada por especialistas, especialmente na comparação com países asiáticos, que apresentam melhores resultados em áreas como educação e saúde.
Na educação, o Brasil enfrenta sérios desafios, com um desempenho estagnado em avaliações internacionais. O país ocupa uma posição baixa em testes como o Pisa, com destaque negativo para a área de matemática. A crítica sobre a qualidade do ensino público é recorrente, com economistas apontando que o aumento do gasto em educação não tem sido acompanhado de melhorias significativas nos resultados. A falta de uma educação de qualidade é vista como um obstáculo crucial para o desenvolvimento do Brasil, que precisa superar essa limitação para avançar de maneira mais consistente em áreas essenciais para o crescimento e bem-estar da população.