Um grupo de 21 municípios, incluindo Mariana e Ouro Preto, ajuizou uma ação civil pública contra as mineradoras Samarco, Vale e BHP Billiton, responsabilizando-as pelos danos causados pelo rompimento da Barragem do Fundão, em 2015. A ação busca o pagamento de R$ 46 bilhões em indenizações, considerando a magnitude da tragédia, que resultou na morte de 19 pessoas e deixou três desaparecidas. Os municípios argumentam que os valores oferecidos pelas empresas até o momento são insuficientes, pois não abrangem as perdas econômicas e sociais duradouras causadas pela catástrofe.
A repactuação do processo de reparação, homologada pelo Supremo Tribunal Federal em 2024, foi uma tentativa de resolver os impasses sobre as compensações. No entanto, muitos municípios não aderiram a esse novo acordo, optando por continuar a buscar reparação por meio de processos fora do Brasil. A ação aponta que os valores oferecidos nas negociações não refletem as reais perdas econômicas dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo, que foram estimadas em bilhões de reais.
O processo judicial em andamento na Inglaterra também está em sua fase decisiva, com centenas de milhares de vítimas afetadas pelo desastre. A expectativa é que os tribunais britânicos determinem a responsabilidade das mineradoras, o que poderia resultar em indenizações significativas. Enquanto isso, os municípios continuam pressionando as empresas por um acordo que seja verdadeiramente justo, visando a reparação integral pelos danos causados.