O presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy expressou preocupação com as crescentes pressões de países ocidentais, especialmente os Estados Unidos, para que se busque um cessar-fogo imediato no conflito com a Rússia. Em uma entrevista, Zelenskyy afirmou que, embora os EUA busquem uma vitória rápida, isso não seria uma solução duradoura e que a Ucrânia não assinará qualquer acordo apenas para agradar. Ele enfatizou que a independência e a integridade do país estão em jogo, e que a vitória ucraniana não seria possível sem o apoio contínuo dos EUA.
Zelenskyy também alertou que, sem assistência de segurança dos EUA, a Europa se encontra em uma posição vulnerável frente à ameaça russa. O presidente ucraniano argumentou que, embora a resistência da Ucrânia tenha se fortalecido nos últimos anos, a situação não se resolveria sem o envolvimento direto dos EUA. Ele questionou as negociações envolvendo a Rússia, realizadas sem a presença da Ucrânia, e deixou claro que não reconheceria acordos feitos sem a participação de seu governo.
A discussão sobre o envio de tropas estrangeiras para monitorar um possível cessar-fogo gerou divergências entre líderes europeus. Enquanto alguns, como o primeiro-ministro britânico, indicaram a possibilidade de considerar essa ação, outros, como o chanceler alemão, criticaram a prematuridade do debate. O primeiro-ministro dinamarquês alertou que um cessar-fogo rápido poderia dar à Rússia a chance de se reorganizar e atacar novamente, colocando em risco toda a segurança da Europa.