Na última sexta-feira (28), o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, protagonizaram um tenso confronto durante um encontro na Casa Branca, que foi acompanhado pela imprensa. A discussão começou após Trump pressionar Zelensky a aceitar um acordo para encerrar a guerra na Ucrânia, iniciada em 2022 com a invasão russa. Zelensky, por sua vez, demonstrou ceticismo sobre as intenções do presidente russo e criticou a postura de Trump em relação a Putin, considerando-a menos firme.
A troca de acusações culminou em uma troca acalorada no Salão Oval, onde Trump afirmou que Zelensky estava colocando em risco a vida de milhões de pessoas, ao não buscar um acordo mais rápido. Em resposta, Zelensky acusou Trump de fazer concessões a um “assassino” e defendeu a necessidade de uma paz justa para a Ucrânia. O impasse também levou ao adiamento de um acordo bilateral sobre a exploração de recursos minerais nas terras raras da Ucrânia, um ponto de interesse estratégico para ambos os países.
A repercussão do confronto gerou reações internacionais, com autoridades como o presidente da França, Emmanuel Macron, ressaltando a importância de respeitar aqueles que estão na linha de frente desde o início do conflito. Enquanto isso, representantes russos e outros políticos reagiram criticamente à postura de Zelensky, enquanto aliados como o governo espanhol reafirmaram seu apoio à Ucrânia. A discussão também afetou o andamento das negociações sobre exploração de recursos no território ucraniano, que estavam previstas para serem assinadas.