O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky tem sido uma figura central na resistência contra a Rússia, especialmente ao representar a posição ocidental unificada em relação ao Kremlin. Recentemente, em Kiev, ele teve um encontro com o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, mas não conseguiu agendar uma reunião com o presidente americano. Enquanto Trump sugeriu uma aproximação com Zelensky, foi o próprio Bessent quem apresentou uma proposta de acordo financeiro, que o presidente ucraniano não assinou. A ausência de um entendimento direto com os Estados Unidos deixou Zelensky frustrado, especialmente quando ele soube que Trump estava em conversas com o presidente russo.
O cenário político se complica ainda mais com as declarações do novo secretário de Defesa dos EUA, Peter Hegseth, que indicaram que a Ucrânia não fará parte da OTAN e que as forças de manutenção da paz entre Rússia e Ucrânia seriam europeias ou não envolvidas pelos EUA. Essa mudança de postura levanta questões sobre as garantias de segurança para a Ucrânia, que sempre confiou no apoio ocidental, especialmente no envolvimento dos Estados Unidos. A situação, com a Ucrânia lidando com um conflito prolongado e com dificuldades para retomar território, coloca em dúvida as promessas de apoio.
A ideia de um plano de paz com uma força de manutenção da paz composta por europeus e sem a inclusão da OTAN reflete uma proposta que já havia sido sugerida por outros, como o general Keith Kellogg. Além disso, a questão dos minerais raros foi levantada como parte das negociações, com alguns sugerindo que a Ucrânia poderia contar com ajuda americana em troca de concessões sobre seus recursos minerais. Com o futuro da guerra incerto e com diferentes lideranças buscando formas de terminar o conflito, as negociações se tornam cada vez mais desafiadoras para Zelensky, que agora enfrenta uma realidade onde as opções de apoio e os interesses globais são mais complexos do que ele imaginava inicialmente.