O governo brasileiro sugeriu uma alteração na rota do próximo voo de deportados pelos Estados Unidos, que será direcionado para Fortaleza (CE), em vez de Confins (MG). A mudança visa encurtar a distância e o tempo de viagem dos brasileiros deportados, que muitas vezes enfrentam condições degradantes durante o transporte, como o uso de algemas e correntes. Recentemente, um voo com 88 deportados gerou uma crise diplomática, devido a falhas técnicas no avião e maus-tratos a bordo, incluindo agressões por parte de agentes de imigração dos EUA.
Esse episódio levou o governo brasileiro a reforçar a preocupação com o tratamento dos deportados e a buscar melhorias nas condições de transporte, incluindo a remoção de algemas e correntes após o pouso. Em resposta, o Brasil já havia anunciado a criação de um centro de acolhimento no Aeroporto Internacional de Confins, além de um grupo de trabalho com autoridades diplomáticas dos Estados Unidos para negociar melhores condições. A prática de usar algemas e correntes, embora criticada, segue sendo uma política adotada pelos EUA, e o governo brasileiro tenta negociar a utilização de medidas mais flexíveis.
A nova mudança na rota também está sendo discutida em detalhes pelas autoridades, mas ainda não há confirmação sobre o número de deportados ou as condições do voo. A decisão de alterar o destino de chegada pode ser vista como uma tentativa de amenizar os impactos negativos da deportação em massa, cujos números já ultrapassam os 38 mil brasileiros em situação migratória irregular, conforme as autoridades americanas. A situação continua sendo monitorada de perto pelas autoridades brasileiras, que buscam equilibrar a diplomacia com a proteção dos direitos dos cidadãos deportados.