A Voepass Linhas Aéreas, após um trágico acidente aéreo que resultou na morte de 62 pessoas em Valinhos (SP), anunciou a entrada com um pedido de tutela preparatória na Justiça. A empresa busca uma reestruturação financeira para renegociar dívidas de curto prazo e garantir a continuidade de suas operações. Diferente da recuperação judicial, o pedido de tutela preparatória visa suspender algumas obrigações financeiras enquanto a empresa tenta negociar com seus credores, uma medida que, se não atendida, pode resultar em outras ações judiciais.
Embora a Voepass já tenha passado por um processo de recuperação judicial anteriormente, em 2017, a situação atual exige uma nova abordagem. A recuperação judicial, como definida pela legislação brasileira, é uma alternativa para empresas em dificuldades financeiras, onde as dívidas são renegociadas com a mediação da Justiça. No entanto, o pedido atual da empresa não se configura como um pedido formal de recuperação judicial, mas sim como uma tentativa de negociação extrajudicial com o auxílio do Judiciário.
A empresa poderá adotar diversas estratégias para resolver sua situação financeira, como a conversão de dívidas em participação societária ou o alongamento do prazo de pagamento. O processo judicial, embora complexa e demorado, visa oferecer proteção legal à Voepass para que ela possa cumprir com o plano de recuperação, evitando a falência e os impactos sociais de sua possível paralisação. O processo está em andamento, mas ainda não há prazo definido para a conclusão das negociações.