O avião que caiu na manhã de sexta-feira (7), em São Paulo, foi alvo de uma vistoria documental que apontou três inconformidades em relação a equipamentos essenciais, como o computador de dados aéreos, o para-brisas e o sistema de degelo. Apesar dessas divergências nos registros, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) afirmou que isso não comprometeu a aeronave, que estava com o Certificado de Aeronavegabilidade válido e poderia operar normalmente. A queda da aeronave ainda está sendo investigada pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).
A aeronave, importada dos Estados Unidos em novembro de 2024, passou por uma inspeção de conformidade com os padrões internacionais, mas a Anac emitiu um comunicado apontando as inconformidades em fevereiro de 2025. As irregularidades identificadas referem-se a detalhes administrativos e não indicam falhas mecânicas graves que afetassem a operação da aeronave. No entanto, a documentação exigia uma resposta do responsável pela importação em um prazo de cinco dias, o que não se relaciona diretamente à causa do acidente.
O acidente, que ocorreu logo após a decolagem do aeroporto Campo de Marte, resultou na morte do piloto e do copiloto. A polícia e a Aeronáutica seguem apurando as causas do incidente, enquanto o governo de São Paulo manifestou solidariedade às vítimas e destacou a importância de melhorias nos protocolos de segurança. O avião envolvido era um King Air F90, fabricado em 1981, com capacidade para oito pessoas, e a investigação também se concentra nos possíveis problemas no motor da aeronave, conforme indicam evidências de falha mecânica.