Desde 2023, a região de Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, tem sido palco de intensos confrontos entre traficantes e milicianos, resultando em diversas mortes. Investigação da Delegacia de Homicídios revelou que, entre fevereiro e outubro daquele ano, 23 traficantes foram indiciados por homicídios cometidos durante disputas territoriais. A violência também se estendeu a civis e policiais envolvidos no tráfico, com execuções e ataques planejados, que incluíam desde assassinatos brutais até emboscadas em locais públicos.
A disputa territorial entre facções criminosas resultou em uma série de assassinatos de comerciantes e moradores, como o caso de um homem que se recusou a ceder sua propriedade para traficantes usarem como rota de fuga. As investigações também apontaram mortes causadas por traições entre os próprios criminosos e a execução de supostos informantes da milícia rival. O clima de terror foi intensificado por relatos de extorsão e práticas violentas, como a destruição de corpos e ameaças à população local.
Em um episódio trágico, em outubro de 2023, três médicos foram mortos em um ataque planejado, que visava na verdade outro indivíduo, envolvido com milicianos. O ataque, que gerou grande repercussão, evidenciou o grau de descontrole e as falhas nas operações de segurança pública da região. Ao longo do ano, a guerra entre tráfico e milícia gerou um grande número de homicídios, levantando discussões sobre a segurança e os impactos desse conflito nas comunidades da Zona Oeste.