Pesquisas recentes indicam que, embora ventiladores possam aliviar o estresse térmico até uma certa temperatura, sua eficácia depende fortemente da umidade relativa do ar. Em ambientes secos e quentes, como acima de 35°C, o uso de ventiladores pode até piorar a sensação térmica. Estudos apontam que, em condições de umidade baixa, o ventilador apenas promove a evaporação rápida do suor, o que pode resultar em desconforto térmico. Por outro lado, em climas úmidos, como o do Brasil, o ventilador é mais eficaz, pois facilita a evaporação e o resfriamento do corpo.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda cautela no uso de ventiladores quando a temperatura ultrapassa 40°C. Dois estudos recentes destacam que os ventiladores podem reduzir o estresse cardíaco em idosos em ambientes úmidos a 38°C, mas oferecem benefícios limitados em condições de calor seco. As evidências ainda são inconclusivas quanto aos limites exatos de temperatura e umidade para garantir o uso seguro do aparelho, e especialistas alertam que a falta de testes em condições reais dificulta a avaliação.
Além disso, os especialistas sugerem alternativas como hidratação, ventilação cruzada e ar-condicionado para melhorar o conforto térmico, especialmente em dias muito quentes. A ventilação cruzada é eficaz quando há entradas opostas de ar no ambiente, permitindo que o ar quente seja substituído por ar fresco. Em locais onde o uso de ar-condicionado não é viável, o ventilador pode ser um aliado importante, desde que utilizado corretamente, considerando a umidade do ar e a temperatura ambiente.