O governo venezuelano anunciou na segunda-feira, 10, que dois aviões da companhia aérea estatal partiram dos Estados Unidos com um grupo de venezuelanos sob ordem de deportação. A medida ocorre após uma reunião entre um enviado do ex-presidente Donald Trump e o regime de Nicolás Maduro em Caracas, realizada dez dias antes. Os voos partiram de Fort Bliss, no Texas, onde migrantes estavam detidos, e a Casa Branca confirmou o retorno dos cidadãos venezuelanos, enfatizando a retomada das repatriações.
Apesar da ruptura diplomática entre os dois países desde 2019, quando a Venezuela se recusou a aceitar deportações, o governo de Maduro aceitou repatriar cidadãos venezuelanos em uma ação recente, em alinhamento com a administração Biden. A comunicação oficial venezuelana mencionou a intenção de respeitar a dignidade e os direitos humanos dos deportados, oferecendo aviões para facilitar o retorno dos imigrantes, embora não tenha detalhado o número de pessoas envolvidas no processo.
O anúncio coincide com a visita de um conselheiro de Trump à Venezuela, que também resultou na libertação de cidadãos americanos detidos pelo regime. Esse movimento ocorre no contexto de promessas feitas pelos Estados Unidos de intensificar as deportações de imigrantes indocumentados, principalmente de países latino-americanos. A Venezuela, por sua vez, reafirma que qualquer repatriação será feita de acordo com os direitos humanos, mesmo em um cenário de tensão política entre os dois países.