Um vazamento foi identificado na usina nuclear Angra 2 em 25 de dezembro de 2024, envolvendo o primeiro selo do núcleo do reator, responsável por conter a radioatividade. Apesar das recomendações do manual da usina para reparos rápidos, a Eletronuclear adiou a manutenção para a próxima parada programada, prevista para daqui a 12 meses, alegando a necessidade de cortes financeiros. A operação da usina segue em modo de emergência, com riscos associados ao selo comprometido e à sobrecarga do sistema de dreno. Funcionários alertam sobre a deterioração da motivação interna e os impactos na segurança devido a essas mudanças.
A Eletronuclear, por sua vez, negou os relatos, afirmando que a usina continua operando com segurança, dentro das especificações do projeto e com monitoramento constante da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN). A empresa esclareceu que o vazamento identificado é inferior a 1 litro por dia e que a segunda vedação do sistema permanece intacta, garantindo a segurança. A Eletronuclear também refutou a alegação de que os cortes financeiros comprometeriam as operações e destacou que o vazamento não representa um risco iminente.
A CNEN, órgão regulador responsável pela segurança nuclear, confirmou que o incidente foi detectado e monitorado com precisão, reforçando que o sistema de dupla vedação do reator mantém as condições de segurança. De acordo com a CNEN, o vazamento está dentro dos parâmetros previstos no projeto da usina, e situações semelhantes já ocorreram no passado, sendo tratadas com os protocolos técnicos adequados. O órgão também destacou que suas auditorias regulares asseguram a conformidade com as necessidades operacionais e a segurança contínua da usina.