O Vaticano tem adotado uma abordagem inédita para informar o público sobre a saúde do Papa Francisco, em um movimento que visa combater a propagação de informações falsas. Desde que o pontífice foi internado devido a uma pneumonia dupla em 14 de fevereiro de 2025, a Santa Sé tem divulgado boletins médicos diários, detalhando seu estado de saúde, incluindo o uso de oxigênio de alto fluxo e transfusões de sangue. A nova política de transparência é vista como um reflexo do estilo de comunicação aberta do Papa Francisco, que também tem pressionado por atualizações detalhadas e claras sobre sua condição.
Historicamente, o Vaticano sempre foi reservado em relação à saúde papal, muitas vezes mantendo diagnósticos e tratamentos em sigilo. No entanto, com a disseminação de rumores e teorias conspiratórias, como alegações falsas de sua morte ou do uso de ventilador, a Santa Sé tem optado por ser mais explícita. A decisão de divulgar as informações foi tomada pelo próprio Papa Francisco, que pediu que os médicos não omitissem detalhes e que as atualizações fossem transparentes. O objetivo é garantir que os fiéis e o público em geral recebam informações precisas, sem a interferência de especulações infundadas.
Essa mudança se alinha ao desejo de combater a desinformação e à crescente demanda por maior clareza. A decisão também marca um contraste com papados anteriores, como o de João Paulo II e João XXIII, cujas condições de saúde só foram reveladas tardiamente. Especialistas afirmam que a nova abordagem fortalece a confiança pública nas informações divulgadas pelo Vaticano e representa uma mudança significativa na maneira como a saúde do papa é tratada pela instituição.