O Vasco da Gama obteve a aprovação judicial para iniciar o processo de recuperação judicial, com o objetivo de renegociar sua dívida de R$ 1,4 bilhão. O clube espera que o mecanismo permita uma reestruturação financeira que garanta sua estabilidade e atraia novos investidores. O processo está em andamento na 4ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, e, nos próximos dias, será nomeado um administrador judicial para coordenar as ações e organizar os credores. Durante os primeiros seis meses, as obrigações de pagamento serão suspensas, dando tempo para o clube elaborar um plano de reestruturação.
A recuperação judicial oferece ao Vasco a possibilidade de negociar suas dívidas de forma ordenada e com condições mais favoráveis, como o alongamento dos prazos e o parcelamento das dívidas. A legislação não oferece perdão, mas sim uma reorganização financeira que depende de uma gestão eficiente e da colaboração dos credores. O clube deve apresentar um plano de recuperação dentro de 60 dias, com a possibilidade de redução, parcelamento ou reestruturação das dívidas. Esse plano será debatido em uma assembleia de credores, onde poderá ser aprovado, alterado ou rejeitado.
No entanto, o processo inclui um desafio adicional: a recuperação judicial envolverá tanto a associação civil quanto a Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Vasco, o que pode complicar a negociação das dívidas, que foram transferidas para a SAF após a venda do futebol para investidores externos. Caso o plano não seja cumprido, o clube corre o risco de ser levado à falência, o que poderia resultar na venda de ativos da SAF, uma situação inédita no futebol brasileiro.