Em janeiro de 2025, o faturamento do varejo físico no Brasil registrou um crescimento de 4% em relação ao mesmo mês do ano anterior, impulsionado principalmente pelo aumento no tíquete médio, que subiu 6,7%. O desempenho foi mais expressivo em lojas de shoppings, que apresentaram um aumento de 5% no faturamento e 7,8% no tíquete médio. Já as lojas de rua tiveram uma alta de 3% nas vendas, com um acréscimo de 6,4% no tíquete médio. No entanto, o fluxo de visitação caiu, com uma redução de 9% nos shoppings e 3% nas lojas físicas em geral.
Apesar do crescimento, a desaceleração nas vendas no final de 2024 indica que o cenário de 2025 será mais desafiador para o varejo. A expectativa é que o consumo dependa de fatores como a renda disponível, o nível de emprego e o controle da inflação. Em 2024, o aumento da renda e outros fatores como o pagamento de precatórios impulsionaram o crescimento do setor, mas a tendência de uma demanda mais seletiva pode tornar o cenário mais difícil nos próximos meses.
O setor enfrentará desafios, especialmente nos segmentos de bens duráveis, que já podem sentir os impactos das altas taxas de juros, e nas categorias mais sensíveis à renda, que devem continuar pressionadas. A necessidade de equilibrar preços e margens será um ponto crítico para o setor, que se prepara para um ambiente econômico mais imprevisível em 2025.