O comércio varejista brasileiro fechou o ano de 2024 com um desempenho estável, apesar dos resultados negativos registrados nos últimos dois meses. Em dezembro, o volume de vendas caiu 0,1% em relação a novembro, após uma queda de 0,2% no mês anterior. Esse cenário de desaceleração ocorreu após uma sequência de altos índices de vendas que resultaram em um pico histórico em outubro, tanto no varejo restrito quanto no ampliado. Mesmo com a leve queda no final do ano, a avaliação dos especialistas é de que o ano se encerrou dentro de uma tendência de crescimento.
O cenário macroeconômico apresentou mudanças ao longo de 2024, com uma expansão da massa de rendimentos e o aumento do número de pessoas ocupadas. Esses fatores, aliados à estabilidade do crédito no primeiro semestre, impulsionaram o bom desempenho do varejo na primeira metade do ano. No entanto, o segundo semestre foi marcado por desafios, como uma inflação mais alta, especialmente no setor de alimentação, e a valorização do dólar, que afetou o comércio de equipamentos de informática e comunicação. A perda de fôlego da atividade econômica no segundo semestre também refletiu na diminuição da perspectiva de crédito.
Apesar de a inflação e outros fatores econômicos terem impactado negativamente o setor, o varejo brasileiro conseguiu manter uma performance sólida ao longo de 2024, atingindo seu pico de vendas em outubro. As variações negativas nos últimos meses foram pequenas e não comprometeram o crescimento geral do ano. A expectativa é que, com a continuidade da expansão da massa de rendimentos e ajustes na economia, o comércio possa retomar uma trajetória de crescimento em 2025.