A mineradora Vale anunciou recentemente que a distribuição de dividendos extraordinários e o programa de recompra de ações no quarto trimestre estão diretamente ligados à sua dívida líquida expandida e serão ajustados conforme o desempenho desse indicador, aliado ao fluxo de caixa da empresa. A meta estabelecida é manter a dívida líquida expandida entre R$ 10 bilhões e R$ 20 bilhões, com a atual cifra em R$ 16,5 bilhões, mantendo-se dentro dessa faixa nos próximos períodos. No entanto, a empresa destaca que a volatilidade do preço do minério de ferro pode influenciar esse limite.
Marcelo Bacci, CFO da Vale, explicou que a recompra de até 120 milhões de ações nos próximos 18 meses dependerá da performance do fluxo de caixa da mineradora. A execução desse programa será monitorada de perto e, caso surjam oportunidades, a recompra será realizada de forma estratégica. A política de retorno de caixa aos acionistas será mantida, com um foco contínuo na geração de valor para os investidores.
Além disso, a empresa prevê que, mesmo com os dividendos adicionais, a dívida líquida expandida não deverá ultrapassar os níveis atuais. Isso ocorre em função da redução das projeções de capex (investimentos) para o ano, o que também ajuda a manter a estabilidade financeira da companhia. A Vale seguirá acompanhando esses fatores e ajustando sua estratégia conforme necessário, com um foco em preservar a saúde financeira enquanto busca oportunidades de retorno para os acionistas.