O presidente da Vale, Gustavo Pimenta, destacou em recente entrevista que tem trabalhado para estreitar a relação da mineradora com o governo federal, principalmente com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo Pimenta, ambos têm encontrado pontos de convergência em seus interesses, sem que a estratégia comercial da empresa seja alterada. Em evento realizado em Parauapebas (PA), Pimenta anunciou investimentos de R$ 70 bilhões até 2030, focados na expansão da produção de minério de ferro e cobre na região de Carajás, um dos maiores polos minerais do Brasil.
A cerimônia também contou com a presença de autoridades do governo, como o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e o governador do Pará, Hélder Barbalho. Durante o evento, foram feitas críticas à atuação da Vale nos últimos anos, com destaque para a demora na conclusão de projetos como a ferrovia Norte-Sul. No entanto, o presidente Lula fez uma ressalva, afirmando que desejava ser lembrado como o maior presidente que a mineradora já teve. Pimenta assumiu a presidência da Vale em outubro de 2024, após um processo de transição conturbado, e tem buscado melhorar a relação da empresa com o governo.
Em relação aos investimentos globais em energia, Pimenta reafirmou o compromisso da Vale com a transição energética, mesmo diante de possíveis incentivos para fontes fósseis por parte de líderes internacionais, como Donald Trump. A mineradora tem se dedicado à produção de minerais críticos, como o cobre, que são essenciais para a descarbonização e a produção de tecnologias sustentáveis, com grande confiança por parte de seus clientes. O projeto “Novo Carajás”, que será implementado entre 2025 e 2030, visa reforçar a produção desses minerais para apoiar a fabricação de aço verde e metais para a eletrificação.