A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Casa de Caridade Leopoldinense, em Leopoldina, foi interditada pela Vigilância Sanitária estadual após a identificação de falhas no funcionamento contínuo do setor. A principal irregularidade apontada foi a ausência de anestesistas e cirurgiões em plantões de sobreaviso, o que comprometeu a segurança e continuidade dos atendimentos. Com isso, o hospital está impedido de internar novos pacientes até que a situação seja regularizada, especialmente no que se refere à disponibilidade dos profissionais necessários.
A decisão foi tomada com base em documentos apresentados pelo hospital à Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, que indicaram desassistência em determinados dias e horários, sem alternativas adequadas para a transferência dos pacientes. O hospital realiza cirurgias eletivas apenas dois dias da semana, o que tem gerado sobrecarga no atendimento e dificultado o fluxo adequado de pacientes. A transferência dos pacientes será feita conforme a disponibilidade de vagas na rede pública e privada de saúde.
A medida ocorreu após a prisão de médicos envolvidos em manipulação de escalas, o que agravou a situação na unidade. Desde então, a administração do hospital foi assumida pelo interventor designado pela Prefeitura de Leopoldina, que discorda da decisão de interdição e afirma que recorrerá da medida. A situação tem impactado outros hospitais da região, que enfrentam dificuldades devido à escassez de médicos e à sobrecarga no atendimento.