Uma pesquisa do Instituto de Cosmetologia de Campinas revelou que 65,5% dos brasileiros não aplicam protetor solar diariamente, o que representa um número superior ao ideal. O estudo, realizado em 2024, alerta que o uso inadequado do produto pode ser tão prejudicial quanto não usá-lo. A falta de conhecimento sobre a quantidade correta a ser aplicada e a falta de reaplicação são alguns dos problemas mais comuns entre os entrevistados, além de fatores como preço elevado, textura desconfortável e a crença de que o uso não é necessário em dias nublados.
Especialistas ressaltam que o protetor solar não é apenas essencial para evitar queimaduras solares, mas também para prevenir o envelhecimento precoce da pele e o câncer de pele. A exposição prolongada à radiação solar pode causar danos cumulativos às células, levando ao desenvolvimento de câncer e ao envelhecimento da pele. No Brasil, o câncer de pele não melanoma é o tipo mais comum, com estimativas indicando um aumento no número de casos nos próximos anos.
Embora o custo dos protetores solares seja uma barreira para muitas pessoas, especialmente as de menor poder aquisitivo, os especialistas recomendam que a aplicação seja feita de maneira generosa e uniforme. A quantidade ideal varia de acordo com o tamanho do corpo, mas no rosto, uma medida pode ser calculada usando os dedos ou uma colher. Além disso, a reaplicação a cada duas horas é fundamental para garantir a proteção, mesmo em dias nublados ou chuvosos, pois a radiação solar continua a afetar a pele.