A tadalafila, medicamento indicado para tratar disfunção erétil, tem se tornado popular nas academias brasileiras como uma alternativa para melhorar o desempenho nos treinos. O princípio ativo da substância, que age como vasodilatador, é visto por alguns atletas como uma forma de aumentar o fluxo sanguíneo e melhorar o transporte de oxigênio e nutrientes durante a atividade física. No entanto, especialistas alertam que não há comprovação científica de que a tadalafila tenha benefícios para os treinos de musculação, e seu uso indiscriminado pode trazer riscos à saúde, como queda de pressão, dores de cabeça e até acidentes durante os exercícios.
Embora o uso do medicamento sem prescrição médica esteja crescendo, principalmente entre homens jovens, o consumo inadequado da tadalafila pode provocar efeitos adversos significativos, como visão turva e náuseas. Além disso, a utilização do remédio como “suplemento” para melhorar o desempenho sexual tem se tornado comum, o que levanta preocupações sobre a pressão social por uma performance sexual “perfeita”. Psicólogos e terapeutas apontam que essa busca por uma suposta “potência garantida” pode causar problemas de autoestima e saúde mental, com muitos homens sentindo uma crescente dependência psicológica do medicamento.
A comercialização da tadalafila sem prescrição médica, apesar de ser proibida, ainda é uma realidade em algumas farmácias, o que agrava os riscos associados ao uso não supervisionado. A pressão por alta performance sexual e o estigma relacionado à “potência masculina” estão alimentando a popularidade da substância, que, apesar de ser barata e amplamente disponível, pode ter sérias consequências quando utilizada sem orientação profissional. A falta de uma educação sexual adequada e a romantização da tadalafila na cultura popular, incluindo músicas virais, contribuem para a normalização do seu uso indiscriminado.