A manutenção mensal de gramados sintéticos é mais econômica do que a de campos naturais, representando cerca de 25% dos custos de um campo convencional. A durabilidade e menor dependência das condições climáticas têm levado clubes brasileiros a adotarem gramados artificiais, como Palmeiras, Athletico-PR, Botafogo, Pacaembu e Arena Barueri. Apesar das vantagens financeiras, o uso crescente desse tipo de campo tem gerado críticas entre jogadores profissionais, como Neymar e Thiago Silva, que destacam as diferenças no comportamento da bola e os riscos de lesões em relação ao gramado natural.
O debate sobre o uso de gramados sintéticos no Brasil é parte de um panorama global, onde alguns países proíbem, outros permitem, e outros ainda fazem uso frequente desse modelo. Ligas importantes como a Premier League (Inglaterra) e LaLiga (Espanha) não permitem o uso de campos artificiais, enquanto ligas como a brasileira, MLS e Ligue 1 aceitam sua utilização. Em países como Noruega e Rússia, o uso de gramados sintéticos é comum em grande parte dos clubes.
Estudos sobre a segurança dos gramados sintéticos apresentam resultados divergentes. Algumas pesquisas apontam um risco maior de lesões, especialmente em atletas amadores e jogadoras, enquanto outras não indicam diferenças significativas entre os dois tipos de campo. A análise de lesões na MLS revelou uma taxa geral semelhante, mas com maior incidência de lesões no tornozelo em campos sintéticos. A Universidade de Stanford também observou maior risco de lesão no Ligamento Cruzado Anterior em jogadoras que competem em campos artificiais.