Em 2024, o Acre registrou o uso de mais de 1,8 milhão de litros de agrotóxicos, com quatro municípios concentrando mais de 50% dessa quantidade. Xapuri, Plácido de Castro, Rio Branco e Senador Guiomard destacaram-se como os principais responsáveis pela emissão de prescrições, que totalizaram 30.334 registros no estado. Essas prescrições, emitidas por profissionais da área agrícola, são obrigatórias para a aplicação de defensivos, mas o relatório alerta para possíveis variações na precisão dos dados, já que muitas vezes não há uma fiscalização rigorosa das condições locais de aplicação.
A maior parte do uso de defensivos agrícolas no Acre foi direcionada às pastagens, com mais de 1,2 milhão de litros aplicados (71,44%). Esse alto volume está relacionado à importância das pastagens para a economia local e à necessidade de controle de pragas nessas grandes áreas. Já as culturas de soja e milho, também relevantes para a economia, receberam menor proporção de agrotóxicos, 14,60% e 10,62%, respectivamente. O controle de plantas daninhas, como a guanxuma e o arranha gato, foi uma das principais razões para o uso desses produtos.
O relatório também aponta que o 2,4-D, um herbicida utilizado no controle de plantas daninhas, foi o agrotóxico mais prescrito, representando 31,15% do total. Em seguida, destacaram-se o Picloram e o Glifosato, com 16,84% e 16,43%, respectivamente. Embora o uso de agrotóxicos seja um componente importante para o setor agrícola, o estudo enfatiza a necessidade de monitoramento constante e de práticas responsáveis, já que o uso inadequado pode resultar em riscos à saúde humana e ao meio ambiente, além de afetar a qualidade dos produtos agrícolas.