O programa “Profissão Repórter”, exibido em 18 de fevereiro de 2025, trouxe à tona a crescente popularidade do uso de medicamentos para disfunção erétil no Brasil, especialmente aqueles que contêm a substância tadalafila. Esses remédios, que podem ser adquiridos sem prescrição médica, são amplamente consumidos, com mais de 43 milhões de unidades comercializadas em 2023. Muitos usuários, tanto homens quanto mulheres, buscam a substância para melhorar o desempenho sexual e físico, especialmente em contextos como academias, onde a tadalafila é vista como um potenciador de performance. Alguns relatos indicam que indivíduos utilizam o medicamento para melhorar seus treinos, adotando doses diárias que são interrompidas periodicamente.
Entretanto, médicos alertam para os riscos associados ao uso indiscriminado desses medicamentos. Alguns profissionais, como o médico Ahmad Saleh, mencionam que a tadalafila pode ser prescrita para melhorar a dilatação muscular em exercícios, mas enfatizam a necessidade de avaliação médica prévia. Por outro lado, o Conselho Regional de Medicina (CREM) destaca que a prescrição desses medicamentos sem uma indicação médica adequada é considerada antiética, podendo levar a sanções para os profissionais envolvidos. O uso da substância por pessoas sem problemas de disfunção erétil é especialmente preocupante, pois pode causar efeitos adversos.
Além disso, a reportagem destacou o consumo frequente entre os jovens, especialmente em bares e encontros sociais, onde o uso do medicamento se tornou algo comum, especialmente entre homens. Muitos relatam levar os comprimidos como uma medida preventiva, embora também mencionem os efeitos colaterais como o aumento da frequência cardíaca. Médicos enfatizam que o uso de tais substâncias sem a necessidade clínica é totalmente contra indicado, alertando para os perigos que isso pode representar à saúde, independentemente da faixa etária.