A União Europeia, juntamente com países vizinhos dos Estados Unidos, manifestou fortes críticas às tarifas impostas por Donald Trump sobre o aço e o alumínio, medidas que afetam principalmente o comércio transatlântico. Em Paris, durante a cúpula de Inteligência Artificial, o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, declarou que a resposta canadense seria firme e clara, destacando que o Canadá é o principal fornecedor de alumínio aos Estados Unidos. O México, por sua vez, é o terceiro maior exportador de aço para o país, mas também tem um fluxo significativo de importações de aço americano. Dados apresentados pelo México indicam que o país compra mais aço dos EUA do que exporta para eles.
Maros Sefcovic, comissário de comércio da União Europeia, afirmou que as tarifas dos Estados Unidos prejudicarão os próprios cidadãos americanos, aumentando os custos e alimentando a inflação interna. Ele alertou que essa política poderia afetar negativamente o comércio global, criando uma situação de “perda para todos”. As duas maiores economias da União Europeia, França e Alemanha, reforçaram que responderiam de forma unificada a essas tarifas, com o primeiro-ministro alemão, Olaf Scholz, destacando a força do bloco, com 450 milhões de cidadãos, como um contraponto às medidas americanas.
Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, lamentou profundamente a decisão dos Estados Unidos e considerou as tarifas injustificadas, prejudiciais aos negócios e aos consumidores. Ela anunciou que a União Europeia tomaria medidas de contrapartida, que seriam firmes e proporcionais. Durante uma reunião paralela à cúpula de Inteligência Artificial, Von der Leyen ressaltou a importância das relações transatlânticas e a necessidade de resolver as questões de maneira otimista, apesar das tensões comerciais.