Os Estados Unidos e a União Europeia são parceiros comerciais significativos, representando juntos quase 30% do comércio mundial de bens e serviços, com um volume superior a US$ 1,5 trilhão em 2023. No entanto, a relação entre as duas economias está sendo tensionada pela ameaça de Donald Trump de impor tarifas sobre produtos de diversos países, o que gerou reações imediatas na Europa. O impacto da declaração de Trump já é sentido, com quedas nos mercados de ações, especialmente na França e na Alemanha. O presidente americano argumenta que os europeus precisam comprar mais produtos agrícolas e carros dos EUA para corrigir o déficit comercial.
A Alemanha, principal exportadora da União Europeia, seria uma das maiores afetadas por essas tarifas, o que levou o primeiro-ministro alemão a afirmar que a resposta europeia deverá focar na cooperação, apesar de ser uma questão importante. Por sua vez, o presidente francês, Emmanuel Macron, declarou que, se a Europa for atacada comercialmente, a união europeia reagirá de maneira firme, destacando a segurança das fronteiras do bloco como prioridade nas discussões mais recentes entre os líderes europeus em Bruxelas.
Apesar das tensões comerciais, o Reino Unido, que por enquanto não seria alvo das tarifas, também se prepara para possíveis impactos. O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, tem buscado manter boas relações tanto com os Estados Unidos quanto com a União Europeia, sem se comprometer com um lado específico. Starmer tem evitado aprofundar discussões sobre Trump, mas as relações entre os dois países permanecem em um momento positivo, o que pode ser importante para o Reino Unido no futuro, à medida que as negociações comerciais continuam.