A União Europeia reagiu firmemente à imposição de tarifas de 25% sobre o aço e alumínio estrangeiros pelos Estados Unidos, prometendo tomar medidas retaliatórias para proteger seus interesses econômicos. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, declarou que essas tarifas injustificadas não ficarão sem resposta e que o bloco adotará contramedidas proporcionais. As indústrias americanas, como as de bourbon, jeans e motocicletas, podem ser impactadas por essas ações, que visam principalmente os estados republicanos e setores fortes da economia dos EUA.
As siderúrgicas europeias, que já enfrentam dificuldades devido a um ambiente de mercado complicado, podem sofrer ainda mais com as novas tarifas. O presidente da Eurofer, Henrik Adam, alertou que a indústria de aço da UE poderá perder até 3,7 milhões de toneladas de exportações, com os Estados Unidos representando 16% desse mercado. Além disso, as autoridades europeias destacam que, embora o bloco não tenha especificado quais contramedidas serão adotadas, as consequências devem afetar significativamente os produtos exportados pelos Estados Unidos.
A disputa comercial entre os dois blocos, que movimenta cerca de US$ 1,5 trilhão, tem implicações de longo prazo tanto para os EUA quanto para a União Europeia. A Comissão Europeia, por meio de seu vice-presidente Maroš Šefčovič, afirmou que as tarifas são prejudiciais para ambas as economias, mas enfatizou que o bloco está aberto ao diálogo e à busca de soluções mutuamente benéficas. Apesar da tensão comercial, a UE continua comprometida com a construção de uma relação comercial sólida e equilibrada com os Estados Unidos.