A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, declarou que a União Europeia responderá de forma firme às tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre o aço e o alumínio, que foram anunciadas recentemente pelo presidente americano. Ela destacou que essas tarifas injustificadas prejudicam os negócios e os consumidores, e a União Europeia tomará medidas proporcionais para proteger seus interesses econômicos. A reação inclui uma postura unificada da UE em defesa de seus trabalhadores, empresas e consumidores, mas com a intenção de manter um diálogo construtivo, buscando soluções mutuamente benéficas.
O governo da Alemanha também se posicionou contra as novas tarifas, com o chanceler Olaf Scholz afirmando que, caso os EUA não alterem sua postura, a União Europeia agirá em conjunto. A medida dos EUA visa aliviar a competição global para os produtores locais, mas tem impactos negativos sobre os fabricantes que dependem do aço e do alumínio importados, aumentando os custos. Embora o cenário atual sugira a possibilidade de uma guerra comercial, tanto a União Europeia quanto os Estados Unidos têm muito a perder, dado o alto volume de comércio bilateral, que é estimado em cerca de 1,5 trilhões de dólares.
Após a imposição de tarifas em 2018, a União Europeia já havia adotado medidas retaliatórias, afetando produtos como motocicletas e bourbon, provenientes dos Estados Unidos. A atual situação reflete as tensões nas cadeias de produção globais, que são profundamente integradas entre os dois blocos econômicos. Embora a UE tenha um superávit comercial em bens, isso é parcialmente compensado pela superávit dos EUA no comércio de serviços. Ambas as partes estão cientes dos riscos econômicos envolvidos e, por isso, continuam dispostas a buscar um entendimento por meio de negociações.