A Comissão Europeia anunciou novas ações para responsabilizar empresas de comércio eletrônico, como Temu e Shein, pela venda de produtos perigosos e inseguros em suas plataformas. Essa medida faz parte de uma iniciativa maior para combater a crescente onda de importações de baixo custo provenientes da China, que tem afetado o mercado europeu. Além disso, a Comissão informou que uma investigação conjunta será coordenada com autoridades nacionais de consumo para apurar possíveis infrações das regras de proteção ao consumidor.
A preocupação da União Europeia foi desencadeada pelo alto volume de importações de produtos com valor inferior a 22 euros, que somaram 4,6 bilhões de itens em 2024. Este número representa um aumento significativo em relação ao ano anterior, com a maioria dessas mercadorias vindas da China. A Comissão também destacou que, sob certas condições, os mercados online podem ser responsabilizados pela venda de produtos que não atendem aos padrões de segurança e que prejudicam a competitividade de comerciantes da UE que seguem as normas estabelecidas.
Essas ações seguem uma tendência global, refletindo medidas semelhantes adotadas pelos Estados Unidos, que também revogaram isenções fiscais para pacotes de baixo valor. A Comissão Europeia ressaltou que a proliferação dessas importações não só afeta negativamente a economia local, mas também gera impactos ambientais devido ao alto número de pacotes enviados. A medida visa garantir uma concorrência mais justa e proteger tanto o mercado quanto os consumidores da União Europeia.