“Unforgotten”, drama policial muito apreciado, foi por anos uma escolha confiável para quem procurava conforto na televisão. A trama gira em torno de assassinatos antigos e corpos enterrados por anos, que são redescobertos e investigados por uma equipe de detetives. A série, mesmo com sua abordagem de cenas sombrias e detalhamentos forenses, mantinha um equilíbrio entre os mistérios e a dinâmica das vidas pessoais dos investigadores. Esse formato repetitivo e sólido conquistou muitos fãs, tornando-se uma opção familiar e acolhedora.
Entretanto, na sexta temporada, a série parece enfrentar dificuldades. Apesar de manter a estrutura conhecida – com a descoberta do corpo e a investigação de uma lista de suspeitos – há uma sensação de que o enredo começou a perder o ritmo. O tom, que antes misturava drama e suspense com leveza, agora se aproxima de um comentário social que parece forçado, especialmente ao tentar inserir questões políticas. Isso resulta em uma abordagem que muitos consideram desajeitada, desviando do que sempre foi um ponto forte da série: sua capacidade de equilibrar o mistério e a humanidade de seus personagens.
A crítica agora se volta para a maneira como “Unforgotten” tenta incorporar discussões mais amplas, como questões culturais e políticas, o que tem sido recebido com ceticismo por parte dos espectadores. Embora a série continue a ter qualidades que a tornam uma boa opção para quem busca resolver mistérios, a introdução dessas temáticas parece ter sido um erro, afetando o tom e a autenticidade do drama. A temporada, que antes agradava pela estabilidade e pela confiança no formato, agora levanta dúvidas sobre seu futuro.