O texto descreve a jornada de uma filha que segue os passos de sua mãe, Kim Taplin, em um percurso literário que remonta à infância de Thomas Hardy, escritor britânico, na região de Dorset. A narrativa começa com uma imagem bucólica das margens de uma trilha ladeada por flores de campânula e o canto de um tordo, enquanto faz referência à casa onde Hardy cresceu, que mais tarde seria palco de sua obra “Far from the Madding Crowd”. A partir dessa residência histórica, inicia-se o “Hardy Way”, um caminho de 220 milhas que explora a relação entre literatura e paisagem.
A autora Kim Taplin, que faleceu no ano anterior, foi a responsável por documentar a importância cultural das trilhas no contexto da literatura inglesa em seu livro “The English Path”. Publicado pela editora Little Toller, o livro explora o papel fundamental das trilhas na vida de escritores e artistas, como Hardy e o pintor John Constable, destacando como esses caminhos conectam as pessoas à natureza e às suas fontes de inspiração. Kim argumenta que, sem esses caminhos, muitas das grandes obras da literatura e da arte inglesa não teriam sido concebidas.
A autora, ao revisitar essas trilhas com a filha, realiza uma espécie de peregrinação pessoal, reafirmando o legado de sua obra. A história também ilustra a relação profunda entre a literatura e os espaços naturais que inspiraram grandes escritores, fazendo com que a caminhada por essas trilhas seja mais do que uma simples jornada física, mas uma imersão no universo literário que moldou tanto a cultura quanto a identidade do lugar.