O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou estar disposto a negociar diretamente com a Rússia para encerrar a guerra que já dura quase três anos, com o objetivo de preservar a vida dos cidadãos ucranianos. Ele mencionou que a presença de outros países europeus nas negociações seria crucial, mas rejeitou a ideia de aliviar as sanções contra a Rússia, pois acredita que isso aumentaria o risco de novas invasões. Desde o início do conflito, a Ucrânia tem enfrentado intensos ataques e ocupações ilegais em seu território por parte da Rússia, enquanto recebe apoio militar e financeiro do Ocidente.
Zelensky também expressou um plano para a vitória da Ucrânia, que inclui a adesão ao Tratado do Atlântico Norte (Otan) e um reforço estratégico de defesa, além de uma política dissuasiva não nuclear para conter os avanços russos. No entanto, a abordagem do governo dos EUA, sob o comando de figuras como o general Keith Kellogg, pode divergir da estratégia de Zelensky. Esse plano propõe o congelamento das linhas de batalha para iniciar as negociações de paz, o adiamento da entrada da Ucrânia na Otan e a oferta de mais apoio militar à Ucrânia, caso a Rússia recuse as negociações.
Especialistas alertam que a implementação da estratégia americana pode resultar na perda definitiva de territórios ucranianos, uma vez que inclui a possibilidade de atender aos interesses russos, como o veto temporário à adesão da Ucrânia à Otan. O presidente da Rússia, Vladimir Putin, justifica a invasão alegando a ameaça representada pela expansão da aliança ocidental em direção ao leste, o que, segundo ele, viola um compromisso feito em 1990. O cenário atual continua a ser de intensas negociações e confronto diplomático, enquanto os impactos militares seguem profundos para a Ucrânia e a região.