No último sábado, um ataque com mísseis atingiu um colégio interno na região russa de Kursk, resultando na morte de pelo menos quatro pessoas. O local, em Sudzha, abrigava cidadãos em preparação para deixar a região, que tem sido cenário de intensos combates entre forças russas e ucranianas. As autoridades ucranianas alegam que a Rússia lançou uma bomba aérea sobre o internato, enquanto as forças russas responsabilizam a Ucrânia por um ataque de mísseis vindo do território ucraniano.
As consequências do ataque resultaram em dezenas de feridos e um esforço contínuo de resgate, com 84 pessoas sendo resgatadas até o final do dia. A região de Kursk, que faz fronteira com a Ucrânia, tem sido um ponto estratégico de confrontos, com as forças ucranianas mantendo áreas após uma grande incursão em agosto de 2024. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, criticou a violência do ataque e comparou a ação russa a práticas passadas, como as ocorridas durante a guerra na Chechênia.
O Ministério da Defesa da Rússia descreveu o ataque como um ato de terrorismo, prometendo responsabilizar Kiev, enquanto o governador da região de Kursk afirmou que ainda não havia confirmação do número de vítimas. A disputa sobre a autoria do ataque é um reflexo das tensões constantes entre as duas nações desde o início da guerra em 2022, com ambas as partes negando atacar civis, apesar das evidências de grande número de mortes entre a população não combatente.