Desde a chegada da administração Trump, a Ucrânia tem observado atentamente as decisões dos Estados Unidos em relação à exploração de seus recursos naturais. O país possui vastas reservas de terras raras, que incluem materiais essenciais para a indústria eletrônica, como lítio, titânio, e urânio, encontrados principalmente nas regiões de Dnipropetrovsk, Donetsk e Luhansk. Estes recursos representam uma parte significativa do Produto Interno Bruto (PIB) da Ucrânia e são essenciais para suas exportações, além de despertar interesse por parte de potências globais como os EUA e a Rússia.
A exploração dessas matérias-primas é vista pela Ucrânia como uma oportunidade estratégica, especialmente com o interesse de seus aliados ocidentais em garantir o fornecimento desses recursos para reduzir a dependência da China. O governo ucraniano estaria aberto à exploração de suas terras, desde que garantias de segurança sejam dadas, impedindo que esses recursos caiam sob o controle russo. No entanto, essa situação se complica devido à constante presença militar nas áreas de extração, onde os combates têm afetado diretamente a produção.
Embora as terras raras sejam abundantes no planeta, a China domina a maior parte da produção e refino desses materiais. Isso tem gerado preocupações no Ocidente, que busca diversificar suas fontes de abastecimento devido a tensões geopolíticas e comerciais. A Ucrânia, com suas grandes reservas, torna-se um ponto crucial nesse esforço de diversificação, e a disputa pelo controle dessas riquezas pode ter implicações significativas para a economia global e para a segurança energética do Ocidente.