Desde a chegada de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos, a Ucrânia tem observado atentamente as ações americanas em relação ao seu território. A exploração de materiais raros presentes no solo ucraniano, como lítio, urânio e titânio, desperta o interesse tanto de Kiev quanto de potências internacionais, como os EUA e a Rússia. Esses recursos são essenciais para a indústria eletrônica e de defesa, e sua exploração representa uma parte significativa do PIB da Ucrânia, especialmente nas regiões de Dnipropetrovsk, Donetsk e Luhansk, que são áreas de combate constante.
A Ucrânia vê a exploração de suas reservas como uma estratégia de longo prazo para fortalecer sua economia e garantir a soberania sobre seus recursos. Desde 2014, o país e seus aliados ocidentais buscam garantir que os materiais não caiam sob controle russo, considerando que a defesa do território também envolve a proteção desses recursos estratégicos. Para os Estados Unidos e a União Europeia, a dependência da China na oferta de materiais raros impulsionou a busca por alternativas, e a Ucrânia surge como uma opção viável para diversificar o fornecimento.
As terras raras, embora não tão escassas quanto o nome sugere, possuem aplicações industriais cruciais, desde smartphones até turbinas eólicas e motores de carros elétricos. O domínio da China nesse mercado tem gerado tensões globais, já que Pequim detém uma parte significativa da produção e das patentes desses materiais. O interesse crescente de potências ocidentais em garantir fontes alternativas de suprimento tem reforçado a importância estratégica dessas matérias-primas no cenário geopolítico atual.