A Ucrânia está revisando seu processo de recrutamento, com o objetivo de atrair mais jovens de 18 a 25 anos, atualmente isentos de mobilização, para fortalecer suas forças armadas diante da guerra contra a Rússia. Pavlo Palisa, comandante de batalha da Ucrânia, destacou que a reforma busca modernizar o sistema herdado da era soviética, que não tem sido eficaz para repor as perdas no campo de batalha. O plano inclui medidas como um “contrato honesto”, que oferece incentivos financeiros e treinamento claro, além de garantir uma comunicação mais eficiente entre soldados e comandantes.
Apesar das reformas anteriores, como a redução da idade máxima de alistamento de 27 para 25 anos, a mobilização não teve o impacto esperado. O governo ucraniano enfrenta desafios em aumentar as fileiras de combatentes, o que é crucial para manter o ritmo da guerra. A proposta de uma reformulação mais ampla busca não apenas ampliar as forças armadas, mas também estabelecer um diálogo mais aberto com a sociedade, considerando a defesa como uma responsabilidade de todos os cidadãos, e não apenas das forças armadas.
O comandante Palisa, que foi nomeado para o Gabinete da Presidência após liderar a 93ª Brigada na batalha por Bakhmut, observa que a Ucrânia dispõe de recursos mobilizacionais suficientes, mas enfrenta dificuldades em aplicar esses recursos de forma eficiente. Ele defende uma reestruturação profunda para melhorar a coordenação e eficácia das forças armadas, o que inclui adaptação à lógica da guerra moderna, para evitar erros repetidos e melhorar a defesa ao longo da extensa linha de frente com a Rússia.