O UBS minimizou as preocupações sobre tarifas comerciais generalizadas dos EUA, após declarações do presidente Donald Trump sobre a possibilidade de implementar impostos de importação recíprocos. Embora a medida sinalize tensões comerciais, o banco acredita que a abordagem será mais direcionada e negociada, sem um aumento substancial de tarifas universais. A falta de um cronograma para implementação sugere que essa estratégia pode ser uma tática de negociação e não um compromisso firme.
Os mercados reagiram positivamente à notícia, com o S&P 500 subindo e os rendimentos dos títulos do Tesouro de 10 anos caindo, à medida que os investidores interpretaram a situação como uma falta de ação imediata. O UBS destacou que a diretriz dos EUA pode resultar em tarifas específicas para cada país, considerando fatores como impostos sobre valor agregado, subsídios e impostos digitais. A União Europeia já tomou medidas preventivas, oferecendo a redução de tarifas sobre carros dos EUA, e a Índia também está negociando para reduzir suas tarifas sobre produtos americanos.
Apesar da incerteza gerada pelas ameaças de tarifas, o UBS acredita que o cenário mais provável é o de tarifas seletivas, com os mercados observando atentamente qualquer mudança. O banco mantém sua visão otimista para o mercado de ações, especialmente para o S&P 500, prevendo um crescimento de 6.600 pontos até o final do ano. O UBS também destaca o ouro, os títulos de alto grau e certos fundos de hedge como boas opções para proteção contra a volatilidade associada a essa incerteza comercial.